Atraso no Diagnóstico do Câncer Contribui para Taxa Crescente de Tumores em Estágios Avançados

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O diagnóstico precoce do câncer é fundamental para o sucesso do tratamento e para aumentar as chances de cura dos pacientes. Entretanto, dados recentes compilados pelo Instituto Oncoguia com base em informações do Ministério da Saúde revelam um aumento preocupante na taxa de tumores diagnosticados em estágios avançados nos últimos anos. A pandemia de Covid-19 trouxe impactos significativos na assistência oncológica, contribuindo para o atraso no diagnóstico e para um prognóstico mais desfavorável da doença. Neste artigo, discutiremos as principais causas do atraso no diagnóstico do câncer e as possíveis soluções para enfrentar esse desafio.

O Impacto da Pandemia de Covid-19 no Diagnóstico do Câncer

Em 2020, o sistema de saúde enfrentou desafios inéditos devido à pandemia de Covid-19, resultando em uma queda significativa na realização de exames e procedimentos relacionados ao câncer. Os dados do Instituto Oncoguia mostram que houve redução de 37,4% no número de biópsias, 50% de exames citopatológicos, 48% de mamografias e 14,6% de cirurgias oncológicas em relação ao ano anterior. Esse cenário contribuiu para que a taxa de tumores diagnosticados em estágios avançados atingisse 62% em 2021, evidenciando a gravidade do problema.

Os Tumores Mais Afetados pelo Diagnóstico Tardio

Entre os tumores mais afetados pelo diagnóstico tardio estão os de pênis, pulmão e fígado, que em 88% dos casos são diagnosticados em estágios avançados. Por outro lado, tumores como o de pele (29,8%), olhos (30,8%) e bexiga (37,5%) têm maior probabilidade de serem diagnosticados precocemente. A detecção em estágios iniciais está diretamente relacionada às maiores taxas de cura, enquanto o diagnóstico em estágios avançados dificulta o tratamento e diminui as chances de sobrevida dos pacientes.

Fatores que Contribuem para o Atraso no Diagnóstico

Diversos fatores contribuem para o atraso no diagnóstico do câncer no Brasil. A falta de acesso a biópsias para a confirmação do câncer é um dos principais problemas enfrentados pelos pacientes, com dados do Oncoguia mostrando que 44,5% das pacientes com câncer de mama iniciaram o tratamento após 60 dias do laudo patológico, descumprindo a lei que estabelece o prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento no SUS. Além disso, a desinformação sobre a doença, tanto entre a população quanto entre os profissionais de saúde, pode levar a diagnósticos tardios.

Buscando Soluções: Políticas de Oncologia e Tecnologia

Para combater o diagnóstico tardio do câncer, é fundamental que o sistema de saúde priorize o diagnóstico precoce e estabeleça metas claras de investimentos, com avaliação constante dos resultados. É necessário também enfrentar as iniquidades em saúde, garantindo o acesso igualitário a serviços de confirmação diagnóstica de câncer em todo o país. Uma das estratégias estudadas é o uso de tecnologias digitais, como o telediagnóstico e discussões clínicas a distância, especialmente para casos complexos.

 

O atraso no diagnóstico do câncer é um desafio que precisa ser enfrentado de forma urgente para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes. A pandemia de Covid-19 trouxe impactos significativos na assistência oncológica, mas os problemas no diagnóstico precoce já existiam anteriormente e persistem até hoje. Para mudar esse cenário, é necessário um esforço conjunto de toda a sociedade, com políticas de oncologia mais efetivas, investimentos adequados e a utilização inteligente da tecnologia para garantir que o diagnóstico do câncer seja realizado o mais cedo possível, aumentando as chances de cura e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

 

FONTE:

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/atraso-no-diagnostico-do-cancer-faz-crescer-taxa-de-tumores-descobertos-tardiamente/16427/7/ 

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