Pesquisadores britânicos publicaram um estudo (em 17/07/2020) sobre a utilização da dexametasona no tratamento de pacientes com COVID-19 e comprovaram sua eficácia.
O estudo foi feito em pacientes que estavam hospitalizados e submetidos à ventilação mecânica. No entanto, os testes também constataram que o medicamento pode trazer riscos para as pessoas hospitalizadas, caso ele seja administrado precocemente.
Segundo o site do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (www.icqt.com.br), “a pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, avaliou 2.104 pacientes internados, que receberam, diariamente, seis miligramas do medicamento, durante 10 dias. Paralelamente, outras 4.321 pessoas apenas fizeram outro tratamento usual. Ao final da análise, a taxa de mortalidade entre os dois grupos de pacientes submetidos a terapias diferentes foi comparada, depois de 28 dias.
No caso dos pacientes que estavam sob ventilação mecânica e receberam a dexametasona a taxa de óbitos foi de 29,3%, enquanto o outro grupo que recebeu o tratamento usual foi de 41,4%. Nesse sentido, o estudo revela que o medicamento foi responsável por uma redução de 29% da mortalidade daqueles pacientes.”
Nenhuma eficácia foi comprovada em um grupo que não precisava receber oxigênio, desde que começou o tratamento. De acordo com a pesquisa, isso acontece porque a funcionalidade da dexametasona provoca uma resposta imune incomum que pode prejudicar o funcionamento de órgãos vitais, em vez de combater o novo coronavírus.
Já a mais recente pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, conduzida em parceria com a Universidade de Medicina Albert Einstein e o Sistema de Saúde Montefiore (NY), descobriu que pessoas com níveis altos da proteína C-reativa (um indicador que nosso organismo está sofrendo de alguma inflamação) tiveram menores chances de morrer ou precisar de ventilação mecânica após o uso do corticoide. Em pacientes com quantidades normais da proteína, o uso da dexametasona mostrou ser até perigoso, afirmam os pesquisadores. Os níveis do da proteína C-reativa podem ser verificados com um exame de sangue.
A dexametasona normalmente é utilizada para aliviar inflamações e tratar doenças que requeiram ação imunossupressora (que baixam nossa imunidade) como a artrite reumatoide, alergias, asma e outras enfermidades.
Fontes:
https://www.ictq.com.br/farmacia-clinica/1803-novos-testes-confirmam-eficacia-de-dexametasona-contra-covid-19
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/05/26/potente-e-rapida-a-dexametasona-combate-inflamacao-mas-requer-cautela.htm
https://www.metropoles.com/saude/covid-19-exame-de-sangue-indica-doente-que-pode-melhorar-com-dexametasona