A dengue, uma doença febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma das principais preocupações de saúde pública no Brasil e em diversos países tropicais e subtropicais. Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, a proliferação do mosquito intensifica, elevando o risco de surtos da doença.
Neste guia completo, abordaremos os principais aspectos da dengue, desde a definição e sintomas até medidas de prevenção e tratamento.
O que é Dengue?
A dengue é causada por um vírus da família Flaviviridae, transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. A doença se caracteriza por uma febre alta, geralmente acima de 38°C, acompanhada de outros sintomas como dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, erupção cutânea e prostração.
Sintomas da Dengue: Dor, Febre e, em Casos Raros, Diarreia
Os sintomas da dengue geralmente se manifestam de 3 a 15 dias após a picada do mosquito infectado. A febre alta, acima de 38°C, é o principal sintoma, podendo ser acompanhada por:
- Dor de cabeça intensa;
- Dores musculares e articulares;
- Náuseas e vômitos;
- Fraqueza e prostração;
- Erupção cutânea avermelhada, principalmente no tronco e membros superiores;
- Coceira na pele;
- Perda de apetite;
- Vermelhidão nos olhos (conjuntivite);
- Tosse seca.
É importante destacar que a diarreia pode ser um sintoma da dengue, mas não é tão comum quanto outros sintomas como febre e dores.
Medicamentos para Mitigar os Sintomas: Dipirona e Paracetamol Sim, Antibióticos Não!
O tratamento da dengue é sintomático, visando aliviar os incômodos e controlar a febre. Medicamentos como:
- Dipirona: Pode ser utilizada para controlar a febre e dores, seguindo as orientações médicas e dosagem recomendada.
- Paracetamol: Também eficaz no controle da febre e dores, com dosagem adequada à idade e peso do paciente.
Importante: Antibióticos não são eficazes contra o vírus da dengue e não devem ser utilizados no tratamento da doença.
Duração da Dengue: Em Geral, Até Uma Semana
A dengue geralmente se resolve em até uma semana, com a melhora dos sintomas e queda da febre. No entanto, alguns casos podem se prolongar por até 10 dias. É fundamental o acompanhamento médico durante todo o período de recuperação, para monitorar o quadro clínico e evitar complicações.
Vacina da Dengue: Proteção Disponível para Alguns Grupos
Atualmente, existem duas vacinas contra a dengue no Brasil: a Dengvaxia e a QDenga. Ambas são atenuadas e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Indicação:
- Dengvaxia: crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A vacina é recomendada somente para pessoas previamente infectadas por um dos vírus da dengue (soropositivos).
- QDenga: crianças a partir de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto soronegativos como soropositivos para dengue.
Onde podem ser encontradas as vacinas
- QDenga: nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e nos serviços privados de vacinação para toda a faixa de licenciamento.
- Dengvaxia: Nos serviços privados de vacinação.
A vacina não garante proteção total contra a doença, mas pode reduzir o risco de desenvolver a forma grave da dengue, que pode ser fatal. A aplicação deve ser feita em unidades de saúde credenciadas e com a orientação de um profissional médico.
O Mosquito da Dengue: Características, Hábitos e Combate às Larvas
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é um inseto pequeno (cerca de 8 mm), de coloração preta com listras brancas no tórax e nas pernas. Ele se prolifera em locais com água parada, como:
- Recipientes destampados (latas, garrafas, pneus);
- Caixa d’água mal vedada;
- Ralos entupidos;
- Vasos de plantas com água acumulada.
Para combater a dengue, é fundamental eliminar os criadouros do mosquito, através de medidas simples como:
- Descartar materiais que acumulam água;
- Tampar recipientes que armazenam água;
- Limpar ralos e caixas d’água periodicamente;
- Tratar a água das piscinas com cloro;
- Manter vasos de plantas sem água acumulada.
Repelentes: Proteção Contra o Aedes aegypti
O uso de repelentes é uma medida eficaz para se proteger das picadas do mosquito Aedes aegypti. Repelentes à base de DEET, IR3535 e Icaridina são os mais recomendados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por apresentarem maior eficácia e segurança.
Aplicação no Rosto: Repelentes com DEET acima de 30% devem ser evitados no rosto, principalmente em crianças. Opte por concentrações menores ou por formulações específicas para a face, sempre seguindo as orientações do fabricante.
Crianças e Bebês: Para bebês a partir de seis meses, utilize repelentes específicos com concentrações adequadas à faixa etária, evitando o contato com olhos, boca e mãos.
Repelentes de Tomada: Repelentes elétricos liberam substâncias que repelem mosquitos. Eles podem ser um complemento, mas não substituem as demais medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros.
Combate ao Aedes aegypti: Além da Eliminação de Criadouros
Além da eliminação de criadouros, o combate ao mosquito Aedes aegypti pode ser feito através de:
Inseticidas: Utilizar inseticidas específicos para mosquitos deve seguir as orientações do fabricante e a liberação por órgãos competentes.
Controle biológico: Introdução de peixes larvívoros, como o Barbeiro-de-pipa, em reservatórios de água para consumo humano.
Sintomas de Alerta: Buscando Ajuda Médica
Mesmo com o quadro clássico de dengue, alguns sinais exigem atenção imediata e busca por atendimento médico:
- Dor abdominal intensa e persistente;
- Vômitos persistentes;
- Sangramento nasal ou gengival;
- Sonolência excessiva;
- Agitação;
- Pele fria e úmida;
- Desmaio.
Esses sintomas podem indicar dengue hemorrágica, uma complicação grave da doença.
Prevenção é a Chave: Dengue se Evita!
A dengue é uma doença evitável. Através de medidas simples como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, o uso de repelentes e a vacinação (quando indicada), podemos combater a dengue e proteger a nós mesmos e a nossa comunidade.
Fique atento às campanhas de saúde pública e adote hábitos que contribuam para o controle da dengue. Juntos, podemos evitar a proliferação do mosquito e reduzir o impacto dessa doença.
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FONTES:
https://nav.dasa.com.br/blog/medicamento-para-dengue
https://www.tuasaude.com/medico-responde/posso-tomar-dipirona-com-dengue
https://butantan.gov.br/dengue
https://www.fleury.com.br/noticias/vacine-se-contra-o-virus-da-dengue-no-fleury
https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacinas-dengue
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202401/entenda-como-funciona-a-vacina-contra-dengue-ofertada-pelo-sus
https://jornal.usp.br/ciencias/vacina-de-dose-unica-do-butantan-contra-dengue-e-segura-e-eficaz-e-seguira-para-aval-da-anvisa/