No Dia Mundial do Doador de Sangue, hemocentros do Brasil enfrentam um desafio crucial: reverter os baixos estoques de sangue. Ao longo do ano, a escassez de sangue tem sido uma realidade difícil para as instituições de saúde em no país, que relatam níveis críticos em alguns tipos sanguíneos.
Essas instituições afirmam que os estoques têm estado baixos por algum tempo, devido à diminuição no número de doadores. Além disso, o clima frio também tem contribuído para essa redução. As campanhas de doação têm encontrado dificuldades em engajar os doadores e buscam mudar esse cenário por meio de mobilizações constantes. Todos os procedimentos cirúrgicos, mesmo os considerados de baixa complexidade, dependem da garantia de reserva de sangue para serem realizados. Portanto, quando os estoques diminuem, os procedimentos são diretamente afetados.
Estoque baixo
A falta de estoque de sangue é um problema grave, pois não há substituto para ele. Somente por meio da doação é possível obter esse tecido vital para ajudar no tratamento de outras pessoas. Uma única bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pacientes.
É importante desmistificar alguns equívocos que podem afastar os potenciais doadores. Entre eles, está a crença de que a doação de sangue é dolorosa, assim como a ideia de que ela pode causar ganho ou perda de peso. Na realidade, a pessoa sente apenas uma picada de agulha, como em qualquer exame de sangue, e não há nenhuma interferência no peso do doador. O volume de líquido retirado é reposto pelo corpo em até 24 horas.
Uma pessoa adulta possui, em média, cinco litros de sangue, e em uma doação são coletados no máximo 450ml, o que corresponde a cerca de 10% do total. O tempo necessário, desde o cadastro até o final da coleta, é normalmente inferior a uma hora. A etapa específica da coleta de sangue dura, no máximo, 12 minutos.
Para doar sangue, é necessário atender a certos requisitos, como estar em bom estado de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam do consentimento formal do responsável legal), ter feito doações anteriores antes dos 60 anos (para pessoas com idade entre 60 e 69 anos), apresentar documento de identificação com foto, pesar no mínimo 50 kg, ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas e estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas três horas anteriores à doação. Além disso, é importante não ter consumido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores e não ter fumado pelo menos duas horas antes.
O intervalo de doação é de dois meses para homens, com um máximo de quatro doações por ano, e de três meses para mulheres, com um máximo de três doações em um período de 12 meses.
Após a doação, é recomendado não fumar por pelo menos duas horas, evitar exercícios físicos e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir caminhão ou ônibus em rodovias, nas 12 horas seguintes. É importante permanecer no serviço hemoterápico por 15 minutos após a doação, não carregar peso ou dobrar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, a fim de evitar sangramentos e hematomas, e remover o curativo quatro horas depois.
Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, faça a diferença. Sua doação pode salvar vidas e suprir as necessidades dos hospitais do Brasil. Junte-se à mobilização para reverter os baixos estoques e contribua para um mundo mais solidário e saudável. Em caso de dúvidas, converse com a equipe da Farmácia Medicom.
FONTE:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2023/06/no-dia-mundial-do-doador-de-sangue-hemocentros-do-rs-buscam-mobilizacao-para-reverter-baixos-estoques-cliuu5tv700e70151n0ko445o.html