Ter uma noite bem-dormida às vezes parece ser privilégio para poucos. Ainda mais em períodos onde passamos por turbulências, como os que estamos vivendo hoje, com a pandemia do Coronavírus.
A melatonina é um hormônio produzido pelo nosso organismo. Ela é responsável por regular o sono e também por reparar nossas células dos efeitos nocivos de elementos como a poluição e o estresse.
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre a melatonina e descobrir se é recomendável a ingestão de suplementos que contêm o “hormônio do sono”. Boa leitura!
O que é melatonina?
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal: uma pequena estrutura localizada no centro do cérebro. Esse hormônio é liberado no organismo conforme o dia escurece, dando o recado para nosso corpo que está chegando a hora de dormir. Ele vai desacelerando nossas funções para que tenhamos uma noite de sono restaurador.
Em outras palavras, a melatonina contribui para o equilíbrio do ritmo circadiano – nosso “relógio biológico” que controla os processos no organismo ao longo do dia, como a temperatura do corpo, a pressão arterial e, é claro, nos diz quando dormir e quando acordar.
A melatonina é produzida a partir de um aminoácido chamado triptofano, que está presente em diversos alimentos, tais como laticínios, carnes, amendoim, ovos, ervilha, etc. Porém, ainda não há evidências científicas de que o consumo desses alimentos aumente os níveis de melatonina, ou que auxiliem na diminuição da insônia.
Outros alimentos ricos na substância são o vinho, frutas, cereais e azeite.
Para que serve a melatonina?
Além de nos avisar a hora de dormir, esse hormônio é um poderoso antioxidante (combate o envelhecimento das células): repara os efeitos nocivos causados pelo estresse, poluição e outros elementos que agridem o organismo.
Já existem versões de melatonina sintetizadas por laboratórios. Além da promessa de um sono melhor, diversos estudos vêm sendo conduzidos para atestar os efeitos da ingestão do suplemento.
Quais os benefícios de tomar melatonina?
Diversas situações podem alterar o ritmo de produção da melatonina. A simples exposição à luz durante a noite ou ao escuro durante o dia, trabalho noturno, jet lag*, idade avançada e problemas de visão.
Algumas substâncias e medicamentos também podem inibir a produção da melatonina, como o propanolol – utilizado no tratamento da hipertensão e de problemas cardíacos. A cafeína e o álcool são outras substâncias que atrapalham a secreção da melatonina.
Nestes casos, a ingestão de suplementos a base do hormônio pode ser recomendada pelo seu médico.
Em casos de insônia, estudos científicos controlados apresentam resultados contraditórios. Isso deve-se ao fato de que nem todo tipo de insônia responde ao tratamento com o hormônio e nem toda insônia é provocada por uma deficiência na produção de melatonina.
No entanto, Andrea Bacelar, neurologista e coordenadora do Departamento Científico do Sono da Academia Brasileira de Neurologia reconhece que há indicação quando a produção de melatonina da pessoa está baixa.
As situações nas quais os estudos têm demonstrado que a ingestão de cápsulas de melatonina apresentam resultados positivos são:
- na melhora do sono em idosos, que costumam ter a melatonina mais baixa naturalmente;
- em pessoas que trabalham em turnos noturnos e precisam dormir durante o dia;
- no tratamento dos efeitos do jet lag*;
- em pessoas que só conseguem dormir e acordar mais tarde;
- na insônia em pessoas com níveis baixos do hormônio;
- na regularização do sono para pessoas com deficiência visual.
Outros benefícios da melatonina
Diversos estudos estão sendo conduzidos atualmente para verificar os benefícios da melatonina. Além dos já mencionados, existem várias aplicações do hormônio que se mostraram positivas nos mais diversos tratamentos, como a enxaqueca, a obesidade e fortalecimento do sistema imunológico.
O professor José Cipolla Neto, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo mostrou que a melatonina pode ajudar a controlar o diabetes e diminuir o apetite. Essa aplicação se justifica pela constatação de que um sono conturbado aumenta o risco de diabetes e tende a aumentar a obesidade. Seja a perturbação provocada por razões profissionais, onde precisamos trabalhar até tarde ou, simplesmente, por utilizar o celular à noite.
A melatonina também vem sendo testada em desordens neurológicas e psiquiátricas, como o autismo. Os resultados em crianças autistas comprovaram a diminuição na ansiedade e melhora no comportamento**.
Outro estudo, publicado na Genes and Cancer, feito por pesquisadores da Michigan State University (MSU), indica também que a melatonina pode suprimir o crescimento de tumores cancerígenos na mama.
Quais os efeitos colaterais de tomar melatonina?
A melatonina é geralmente bem tolerada e os efeitos colaterais que podem ocorrer durante o tratamento são muito raros. O risco mais comum é alergia a algum composto da cápsula ou alergia à própria substância.
O consumo excessivo pode trazer problemas, como dor de cabeça e alteração na produção de alguns hormônios, como a prolactina. Além disso, alguns pacientes relatam uma maior produção de sonhos quando consomem o suplemento. Já as crianças podem ter um aumento nos pesadelos durante a noite.
O consumo máximo não deve passar de 10 mg ao dia.
Como tomar melatonina?
Sempre siga as orientações do seu médico, leia atentamente a bula e procure comprar melatonina de fornecedores confiáveis, haja vista que a produção da versão sintética do hormônio ainda não é permitida no Brasil (o Laboratório Aché está no meio do processo para conseguir o aval da ANVISA).
Os comprimidos de melatonina comercializados hoje são importados e podem ter até 3 mg da substância. Por isso é importante comprar de quem tem um rígido controle de qualidade, além de seguir a indicação médica ao consumi-la.
Reforçamos aqui que o primordial é sempre consultar um profissional da saúde antes de consumir qualquer suplemento ou medicamento. A melatonina é uma substância com inúmeras repercussões no organismo, e só o médico pode orientar a real necessidade dela. Doses e horários errados do hormônio podem mexer no ciclo circadiano e, em vez de melhorar o sono, o desregular ainda mais.
O ideal é cuidarmos da nossa saúde e do nosso sono da maneira mais natural possível. Algumas dicas para assegurar a ação da melatonina são: evitar refeições pesadas antes de dormir e, principalmente, evitar muita luz antes de deitar – mais especificamente a luz azul, emitida pela tela de aparelhos eletrônicos. Portanto, deixe seu celular longe da cama!
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*Jet Lag: é um distúrbio temporário do sono, causado quando viajamos e entramos em um novo fuso horário, confundindo nosso organismo sobre a hora de dormir/acordar. Uma desorientação relacionada à exposição à luz e aos horários das refeições. Similar aos efeitos de nos adaptar ao horário de verão.
**Uma pesquisa feita publicada na revista científica Journal of American Academy of Child & Adolescent Psychiatry em novembro de 2017 com 125 crianças autistas, por exemplo, usou um medicamento que libera a melatonina lentamente durante a noite. Sua ação ajudou 38 das 56 crianças.
FONTES:
https://saude.abril.com.br/bem-estar/melatonina-tudo-sobre-o-hormonio-do-sono/
https://www.mdsaude.com/neurologia/melatonina/
https://hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/-Suplemento-de-melatonina-entenda-as-indica%C3%A7%C3%B5es-de-uso-desse-horm%C3%B4nio.aspx
https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/21338-melatonina
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/08/22/tomar-melatonina-para-melhorar-o-sono-faz-sentido.htm
https://www.tuasaude.com/efeitos-colaterais-da-melatonina/
Muito bom
Obrigado, Lino! Um abraço!
tudo bem? gostei muito do seu site, parabéns pelo conteúdo. 😉
Muito obrigado, Nino! Um abraço!